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R7 Brasília

Brasil bate recorde de transplantes e quer reduzir negativas de doação de órgãos

Ministério da Saúde vai lançar programa em setembro para conscientizar famílias sobre a importância da doação

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Ministro da Saúde deu coletiva nesta quarta-feira no Ministério Walterson Rosa/MS - 04.06.2025

Em 2024, o Brasil bateu o recorde de transplantes de órgãos e tecidos realizados em um único ano. Ao todo, segundo o Ministério da Saúde, foram 30 mil procedimentos, sendo 85% deles feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O crescimento do número de procedimentos é de 18% em relação a 2022. Segundo os dados apresentados, o SUS destinou R$ 1,47 bilhão para doações, exames e transplantes no ano ado.

Leia mais

Principais transplantes realizados em 2024

Órgãos sólidos

  • Rim - 6.320
  • Fígado - 2.454

Tecidos


  • Córnea - 17.107
  • Medula óssea - 3.743

Plano para reduzir número de famílias que recusam doação

A expectativa da pasta, agora, é reduzir em pelo menos 15% o índice de recusa das famílias à doação de órgãos de entes com morte cerebral. Para isso, o Ministério pretende lançar em setembro um programa para realizar a busca ativa por doação. As informações foram adiantadas nesta quarta-feira (4) em entrevista coletiva à imprensa.

Segundo a apresentação da pasta, 55% das famílias entrevistadas no ano ado autorizaram a doação de órgãos. Apesar disso, o Brasil ainda tem uma alta demanda por rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387), por exemplo. Cerca de 78 mil pessoas aguardam uma doação.


Por isso, o Ministério da Saúde pretende reduzir o número de famílias que recusam o procedimento. Para isso, o programa que será lançado em setembro vai capacitar, monitorar e financiar equipes com foco em entrevistas familiares.

Outra ação será uma parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira para formação de profissionais.


“O nosso primeiro foco é reduzir a renúncia de doação pela família. Esse é um trabalho que as organizações de procura de órgão ajudam muito quando têm equipe qualificada. Se temos acolhimento e campanhas públicas, a gente consegue um impacto muito grande”, avaliou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O ministro adiantou: “Hoje, temos em torno de 45% de negativa [das famílias pela doação de órgão] e queremos reduzir pelo menos 15% dessa renúncia. Isso significa sensibilização das famílias e campanhas públicas”, reforçou.

Redução do tempo entre doação e transplante

O Ministério da Saúde também anunciou que vai implantar uma “prova cruzada virtual”, um exame feito para detectar se o receptor tem anticorpos contra o doador, para diminuir o índice de rejeição. Segundo os técnicos do ministério, a medida vai agilizar o processo de distribuição de órgãos.

A pasta também vai reajustar em pelo menos 81% o valor pago pelos líquidos de preservação de órgão.

O ministério também apoia uma pesquisa nacional sobre xenotransplante suíno. O estudo avalia a possibilidade de produzir órgãos de suínos geneticamente modificados para transplante em humanos.

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