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R7 Brasília

Congresso avança com proposta para controlar bloqueios de redes sociais de políticos

Decisão judicial para tirar do ar perfis de parlamentares terá de ser votada por Câmara, Senado ou assembleias legislativas

Brasília|Do Estadão Conteúdo

Gustavo Gayer
Texto aprovado foi sugerido pelo deputado Gustavo Gayer Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados - 27.5.2025

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou nessa quinta-feira (29) um projeto de lei que dá ao Poder Legislativo — em âmbito federal, estadual, distrital ou municipal — a decisão final sobre a exclusão ou o bloqueio de perfis de parlamentares em redes sociais, além de contas em aplicativos de mensagens ou chamadas de voz e vídeo.

Conforme o texto, a Casa da qual o parlamentar faz parte terá a competência de exercer juízo político sobre a decisão, por voto da maioria de seus membros, um procedimento semelhante ao que ocorre nas deliberações sobre prisão de parlamentar.

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Pela lei atual, a exclusão de postagem ou perfil das redes sociais depende de decisão judicial e, portanto, não pode ser feita de modo arbitrário. Do contrário, cabe ao usuário o direito de indenização por danos morais e materiais.

No caso de parlamentares, conforme o projeto, a decisão de excluir ou não uma publicação ou conta deve ser fundamentada de forma “robusta” e indicar o conteúdo considerado ilícito, a duração da medida, bem como o crime que supostamente teria cometido o proprietário da conta. A participação do Ministério Público também é assegurada.


O objetivo, segundo o autor, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é preservar a imunidade dos parlamentares sobre opiniões, palavras e votos inerentes ao exercício do mandato. Ele acrescentou que a medida não se destina a impedir eventual investigação sobre o caso.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Gustavo Gayer (PL-GO). A versão original trata apenas de contas e perfis de deputados federais e senadores. O substitutivo cria regras para a decisão judicial de excluir contas ou perfis de qualquer detentor mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.


Gustavo Gayer, ao apresentar o substitutivo, quis ampliar o alcance da lei para além dos deputados federais e senadores. “A Constituição Federal garante essa imunidade também para deputados estaduais e vereadores”, justificou. “Pela Constituição, parlamentares são invioláveis, civil e penalmente, por suas opiniões, palavras e votos”.

O relator acredita ainda que presidentes da República, governadores e prefeitos “devem ter seus direitos de expressão garantidos”, e estende o direito à inviolabilidade de opiniões nas redes sociais a eles.


Caso o projeto vire lei, as medidas serão incluídas no Marco Civil da Internet e valerão para plataformas com mais de 10 milhões de usuários registrados no país.

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, tem que ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

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