Em interrogatório, Bolsonaro nega que tenha sido ameaçado de prisão
O ex-comandante da Aeronáutica Baptista Junior afirmou que o ex-comandante do Exército Freire Gomes ameaçou prender o ex-presidente
Brasília|Do R7

Em interrogatório sobre tentativa de golpe no STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (10), que nunca foi ameaçado de prisão por comandantes das Forças Armadas e que não houve atuação dele sobre uma ruptura institucional.
“Nas Forças Armadas, missão legal dada é cumprida. Missão ilegal não é cumprida. Em nenhum momento alguém me ameaçou de prisão”, disse Bolsonaro.
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Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes ameaçou prender o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele não desistisse de levar adiante um plano golpista para seguir no poder em 2022.
Durante as oitivas, Baptista Junior disse “que em uma das reuniões dos comandantes das Forças com o então presidente da República, após o segundo turno das eleições, após o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição - GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio. O então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o presidente da República”.
Freire Gomes também prestou depoimento à PF sobre o suposto plano de Bolsonaro e disse que “inclusive chegou a esclarecer ao então presidente da República, Jair Bolsonaro, que não haveria mais o que fazer em relação ao resultado das eleições e que qualquer atitude, conforme as propostas, poderia resultar na responsabilização penal do então presidente da República”.
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