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R7 Brasília

‘Teve uma falha grave’, disse Anderson Torres ao confirmar que deixou protocolo para o 8/1

Além disso, o ex-secretário de Segurança do DF mencionou que o fechamento da Esplanada dos Ministérios ocorre ‘em poucos casos’

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Em destaque, Anderson Torres e o Dr. Eumar Roberto, responsável pela defesa Ton Molina/STF - 09/06/2025

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, confirmou ter deixado “vários protocolos” para o dia 8 de janeiro de 2023, quando extremistas depredaram prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Torres afirmou que ficou “desesperado” ao ver os acontecimentos e que, imediatamente, ligou para os responsáveis pelas forças de segurança. “É difícil apontar, mas vejo que houve uma falha muito grave no cumprimento do protocolo. [O documento] prevê tropas especializadas, isolamento da Praça dos Três Poderes, que é uma coisa muito séria”, disse ele durante interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal), no caso da tentativa de golpe de Estado.

Além disso, o ex-secretário mencionou que o fechamento da Esplanada dos Ministérios ocorre “em poucos casos”. Ele também afirmou que, após uma análise dos protocolos, considerou que as instruções eram “de bom tamanho para as informações” que tinham naquele momento. “Do jeito que deixei as coisas em Brasília, é inimaginável que acontecesse o que aconteceu”, completou.

Torres também confirmou que a viagem para os EUA (Estados Unidos da América) não foi uma coincidência. “Eu planejei paraa essa viagem ser antes em julho de 2022, não consegui fazer e adiei para as férias das crianças. Comprei as agens em novembro de 2022. Foram férias programadas”, afirmou.


Durante os atos extremistas, o então secretário de Segurança Pública estava em Orlando, na Flórida. “Eu viajei tranquilo [porque] deixei vários protocolos pronto”, explicou. Torres também confirmou que estava em um parque de diversões quando recebeu as notícias das invasões.

Fraudes nas urnas

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, questionou muito Torres sobre as declarações dele sobre fraude no sistema de urnas eletrônicas. Também sobre falas agressivas que poderiam suscitar dúvidas sobre a agem de poder para Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito.


Torres afirmou que o material que chegou a ele era somente sobre melhoria das urnas. “Tecnicamente, não temos nada que aponte fraude nas urnas. Quando era questionado pelo presidente, sempre falava que não tinha nada sobre o assunto”, confirmou.

Moraes também questionou sobre uma fala de Torres em reunião com Bolsonaro e outros ministros, dizendo que “todos iam se foder”.


‌“Peço desculpas pelas palavras, era uma reunião fechada. Acabei me excedendo, não estava bem. O que eu quis dizer é que se perdêssemos as eleições, tudo seria perdido”, explicou Torres.

O ex-ministro também lembrou que estava em um parque de diversões na Flórida quando recebeu a notícia da invasão na Praça dos Três Poderes. “Mandei mensagem para o meu secretário e falei: ‘Não deixa chegar no Supremo’. Fiquei desesperado e liguei para todo mundo. A grande verdade é que o protocolo que deixei teve uma falha grave”.

‌E afirmou que a minuta do golpe encontrado na casa dele não era para ser discutido, que não sabe quem fez. “Eu levava documentos para casa, eu nem me lembrava desse documento. Foi uma surpresa quando a Polícia Federal pegou. Foi parar na minha casa, mas eu nunca discuti isso”, garantiu.


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