Estado de saúde de senador baleado na Colômbia é de ‘máxima gravidade’, diz boletim
Fundação Santa Fé de Bogotá informou neste domingo que prognóstico de Miguel Uribe é reservado
Internacional|Do R7, em Brasília

O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi transferido para a unidade de terapia intensiva após ar por cirurgias no cérebro e na coxa esquerda. Em boletim divulgado neste domingo (8), a Fundação Santa Fé de Bogotá informou que o estado de saúde de Uribe é de “máxima gravidade” e o prognóstico é reservado.
O pré-candidato foi baleado na cabeça durante um evento de campanha em Bogotá por volta das 19h30 (horário de Brasília) desse sábado (7). Segundo o comunicado do hospital, ele deu entrada em estado crítico no serviço de urgências.
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“Após a realização de todas as avaliações por diversas especialidades, ele foi imediatamente submetido a cirurgia para controle inicial dos danos”, informa o boletim.
Segundo a mídia local, um suspeito de ser autor dos disparos, um adolescente de 15 anos, foi apreendido no local do ataque com uma arma de fogo. O jovem não teria agido sozinho, segundo o governo colombiano, que ofereceu uma recompensa de mais de US$ 70 mil por informações que levem à identificação e captura de todos os responsáveis.
Veja o momento do ataque
Quem é Miguel Uribe
Miguel Uribe é advogado e membro do partido de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe — apesar do sobrenome em comum, eles não têm parentesco.
Nascido em Bogotá em 1986, o senador se formou em direito e fez mestrado em políticas públicas pela Universidade de los Andes. Realizou também mestrado em istração pública na Escola de Governo de Harvard, nos Estados Unidos.
Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho de Diana Turbay, uma jornalista sequestrada e morta pelo Cartel de Medellín em 1991. Turbay era considerada uma profissional de renome, sendo responsável pela direção do noticiário Cripton, na época.
Diana foi sequestrada em 30 de agosto de 1990, ao aceitar um convite para o que acreditava ser uma entrevista com a liderança do grupo guerrilheiro ELN (Exército de Libertação Nacional). Ela viajou até uma região montanhosa no leste de Antioquia com outros profissionais da imprensa.
O convite, no entanto, era uma armadilha montada por Los Extraditables (Os Extraditáveis, em tradução livre), facção formada por narcotraficantes a serviço de Escobar, que buscava impedir a extradição de colombianos para os Estados Unidos.
Além de Diana, foram sequestrados todos os integrantes da equipe de reportagem que cobriria a suposta entrevista. Eles foram levados a uma das propriedades do cartel, onde permaneceram em cativeiro por cerca de cinco meses.
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